Entidades
públicas e organizações civis se reúnem para debaterem acerca do Combate ao
Trabalho Escravo-MA
Por Mendes Junior
Assessoria MDA-MA
A Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário
(DFDA-MA), participa desde ontem dia, 26, e hoje, 27 de janeiro, da Semana
Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. O evento, e está sendo realizado no
auditório do TRT-MA, com objetivo de ampliar os debates sobre as ações e
responsabilidades de cada órgão ou entidade na atualização do plano Estadual
para Erradicação do Trabalho Escravo.
Ontem, foi efetivada a assinatura do
Termo de Cooperação Técnica para enfrentamento ao trabalho escravo, e
ainda, palestras e encerramento com apresentação do Grupo de Teatro Quilombagem.
Durante as mesas de debates serão apresentadas: “A experiência do MTE no enfrentamento ao
trabalho escravo”, “Fragmentação x Articulação: A experiência dos GAETEs” e “A
experiência do Mato Grosso no combate ao trabalho escravo”.
Os debates foram mediados pelo do
Grupo de Articulação Interinstitucional de Enfrentamento ao Trabalho Escravo,
do qual fazem parte o Tribunal Regional do Trabalho, o Ministério Público do
Trabalho e o Ministério do Trabalho e Emprego, junto com o Centro de Defesa dos
Direitos Humanos e da Vida de Açailândia
Hoje, 27, será feita a apresentação
das ações do Plano Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo,
apresentação do Projeto Marco Zero de Intermediação Rural e lançamento
da Cartilha contra o Trabalho Escravo.
A organização se dará por conta
da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e
Cidadania (Sedihc) / Comissão Estadual pela Erradicação do Trabalho Escravo
(Coetrae-MA).
No Brasil, estima-se que existam de 25 a 40 mil pessoas que
trabalham em condições análogas às da escravidão. Destes, 38% são maranhenses,
o que significa, no mínimo, 9.500 trabalhadores maranhenses estão sendo
vitimas, neste momento, da escravidão.
Apesar de o Maranhão registrar um número maior de
trabalhadores resgatados fora do estado, nos últimos dois anos, foram
notificadas 23 propriedades locais que se utilizavam da mão-de-obra escrava.
A última versão da lista, produzida pelo Ministério do
Trabalho e pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos, traz 52 novos
empregadores, de um total de 294 infratores.
Entre os novos
integrantes da lista suja de empregadores, que é divulgada pela ONG Repórter
Brasil desde 2005, estão grandes grupos usineiros e uma empreiteira que
trabalha na construção da hidrelétrica de Jirau (RO). Dos 52 empregadores
incluídos, 25 são dos estados do Pará, Mato Grosso e Minas Gerais
Pelo terceiro ano consecutivo, entidades
públicas e organizações civis realizam na última semana de janeiro atos e
debates para marcar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo (28 de
janeiro). Assim como em 2010 e 2011, atividades estão programadas em vários
estados do país para chamar atenção sobre o problema e mobilizar por avanços na
erradicação do trabalho escravo contemporâneo.
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