Crédito emergencial para agricultores do Nordeste e de MG terá reforço
de R$ 400 milhões
O governo federal vai disponibilizar mais R$ 400
milhões, na linha emergencial de crédito operada pelo Banco do Nordeste, para
apoiar empreendedores e agricultores atingidos pela estiagem. O benefício será
para os estados do Nordeste e de Minas Gerais. O prazo para que os agricultores
façam os contratos vai até fevereiro de 2013.
Passa de R$ 1,5 bilhão o valor contratado pela
linha de crédito emergencial criada para os atingidos pela seca nas regiões
Nordeste e Norte do Brasil - medida válida para os setores de agricultura,
comércio, serviços e indústria. Desse total, mais de R$ 983 milhões foram
contratados por agricultores familiares pelo Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA), até o dia 07 de dezembro, em mais de 189 mil
operações.
"O volume de recursos é importante e o número
de agricultores familiares foi expressivo. A expectativa do Ministério é de que
haja eficiência também em práticas estruturantes, que possam ser usadas mais
adiante para a convivência com a seca no semiárido", afirma o secretário
da Agricultura Familiar (SAF/MDA), Valter Bianchini.
No Nordeste e em Minas Gerais, 1.325 municípios
estão em situação de emergência. Os estados com maior número de municípios
afetados são a Bahia (262) e a Paraíba (196).
Como funciona a linha
Os agricultores familiares enquadrados no Pronaf e
afetados pela estiagem na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento
do Nordeste (Sudene) contam com a linha de crédito especial desde maio. A
medida atende os municípios que tiveram decretada situação de emergência ou
estado de calamidade pública a partir de 1º de dezembro de 2011.
Podem acessar a linha de crédito até 28 de
fevereiro de 2013, os agricultores familiares adimplentes que desejam realizar
operações de investimento. O limite é de R$ 12 mil por agricultor, com prazo de
pagamento de até dez anos, três anos de carência e taxa de juros de 1% ao ano.
Para os agricultores enquadrados no grupo B do
Pronaf, cuja renda familiar anual é até R$ 10 mil, o limite de crédito é R$ 2,5
mil, com as mesmas condições.
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