Às Delegacias Federais de Desenvolvimento Agrário compete monitorar, supervisionar e gerenciar as atividades relacionadas às atribuições legais do Ministério, nos Estados e no Distrito Federal, sob orientação da Secretaria-Executiva. (DECRETO Nº 7.255, DE 4 DE AGOSTO DE 2010).

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Na Paraíba, Plano Safra Semiárido fortalece produção de assentada

Maria Nazaré, 44 anos, não para. O dia todo ela corre de um lado para outro cuidando do seu pedaço de terra no assentamento Mandacaru, no município de Sumé (PB). Lá, ela planta milho, gergelim, macaxeira, palma, batata, jerimum, feijão, algodão, e ainda cria alguns animais como vacas e ovelhas. Da renda do sítio ela tira seu sustento e o das duas filhas. Nos últimos anos, ações executadas pelo Governo Federal, melhoraram a qualidade de vida da família.
Este ano, com o lançamento do primeiro Plano Safra Semiárido, as medidas de convivência com a estiagem terão impacto direto para ela. A principal é a formação de estoque para alimentação animal, que incentiva a produção e armazenagem de forragem para animais para o período de estiagem. Nazaré considera a iniciativa muito importante, pois em tempos de seca prolongada, como agora, a silagem é essencial para a sobrevivência do rebanho que ela mantém.
A agricultora antecipa que a possibilidade de armazenamento será de grande ajuda. “Vai mudar tudo. Hoje eu tenho a capacidade de alimentar 100 ovelhas com a silagem que eu tenho. Com um lugar onde eu possa armazenar, eu desocupo o fosso onde ela está e posso produzir um novo silo. É um aumento de 100%. Posso dobrar a criação de ovelhas, por exemplo”, explica.
Ouro branco da Paraíba
Além da criação animal, o grande xodó de dona Nazaré é o plantio de algodão. Há cinco anos, por meio do Projeto Dom Helder – parceria do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (Fida) – ela descobriu a cultura que há algumas décadas foi considerada o ‘ouro branco da Paraíba’. “Depois do algodão a minha vida está muito melhor, tanto em termos de produção como de conhecimento político. Aprendi a valorizar a minha produção”, afirma.
O trabalho desenvolvido pelo Dom Helder, com cerca de 200 famílias da região, envolve o plantio e o beneficiamento do algodão. O Projeto fornece assistência técnica, capacitação e intercâmbios, além de infraestrutura, como as prensas para beneficiamento do algodão. Com a orientação dos técnicos do projeto, Nazaré passou a dedicar quatro dos 10 hectares de terra ao plantio de algodão. A planta é colhida e beneficiada pelo grupo e as sementes doadas para o banco de sementes. O restante é utilizado pelas famílias que participam do projeto.
“O projeto mudou tudo na vida da gente. O algodão elevou a autoestima dos agricultores para o nosso produto”. Para ela, os incentivos do Governo Federal à agricultura familiar têm estimulado o produtor a permanecer no campo. “Hoje nós temos assistência técnica, projetos e muitos incentivos para continuar aqui. Eu não troco a vida no campo pela da cidade”, pontua.

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