Os primeiros indícios da agricultura familiar no
Brasil data-se do Período Colonial, no século XVI no Nordeste
brasileiro. Nessa fase é que se iniciam os primeiros núcleos de ocupação
do território.
“Todo o mês de julho é comemorado com festividades no
campo,” explica o Secretário da Agricultura Familiar do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA), Valter Bianchini. “É o período que marca o
fim de um ano agrícola e o começo de uma nova safra”, observa. Em 2013,
a data é motivo de muita comemoração. Nos últimos dez anos, a renda da
agricultura familiar cresceu 52%, o que permitiu a inclusão de mais de
3,7 milhões de pessoas -- antes pobres -- na classe média. A categoria é
responsável por 4,3 milhões de unidades produtivas, o que representa
84% dos estabelecimentos rurais do país. Cerca de 33% do Produto Interno
Bruto (PIB) Agropecuário vem da agricultura familiar, que emprega 74%
da mão de obra no campo.
Para Bianchini, a data serve para lembrar as origens
da agricultura brasileira. “As práticas agrícolas dos imigrantes
europeus que vieram para o Brasil, ao lado da agricultura praticada
pelos indígenas e povos de origem negra, compõem o que hoje é a
agricultura familiar brasileira”, afirma o secretário. “Essa mescla é a
principal característica de toda a diversidade da agricultura familiar
do Brasil, nos seus diferentes biomas. Diversidade essa que deve ser
pensada e contemplada em diferentes políticas”, defende Bianchini.
Plano Safra 2013/2014
É também no mês de julho que o Governo Federal
apresenta as políticas públicas voltadas para o segmento, nos
lançamentos estaduais do Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/2014.
Nesta safra, que marca os dez anos do Plano, as medidas anunciadas pela
presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro do Desenvolvimento Agrário,
Pepe Vargas, disponibilizaram o montante de R$ 21 bilhões para operações
de investimento e custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf).
Na mesma ocasião foi
assinado o projeto de lei de criação da Agência Nacional de Assistência
Técnica e Extensão Rural (Anater). Outros R$ 2,5 bilhões serão
destinados à comercialização de produtos via Programa de Aquisição de
Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
“Essas e outras políticas são pensadas para integrar atuais e futuras
gerações e incentivar a permanência no campo”, explica Bianchini.
Segundo o secretário do MDA, essas ações precisam estar integradas com
um projeto de sucessão no meio rural, garantindo que datas como o Dia da
Agricultura Familiar, assim como o dia do Produtor Rural, celebrado em
28 de julho, continuem a ser comemorados ao longo dos anos. “São
políticas que pensam a agricultura familiar de hoje e a de amanhã”,
conclui.
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