Ministro Pepe Vargas mostra a importância da agricultura
familiar para inclusão social
31/05/2012 05:03
O papel da agricultura familiar e dos programas
do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) na superação da pobreza extrema
no Brasil foram apresentados pelo ministro Pepe Vargas, no encerramento do V
Fórum Ministerial de Desenvolvimento, na tarde desta quinta-feira (31), em
Brasília. No evento, realizado pela primeira vez no País, a ministra do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, destacou metas
do Plano Brasil Sem Miséria e apontou alguns desafios para atingir o objetivo
de superar a pobreza extrema até o ano de 2014.
O Fórum, organizado pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), com apoio da Agência Espanhola de
Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid) e do MDS, teve a
presença de ministros encarregados das políticas sociais de diversos países da
América Latina e da África, que discutiram soluções sustentáveis para enfrentar
desafios como a pobreza, exclusão social, desemprego e deficit de educação e
saúde.
O ministro Pepe Vargas fez uma apresentação da
agricultura familiar no Brasil e da sua importância dentro do Plano Brasil Sem
Miséria. Pepe Vargas citou alguns programas do ministério que têm relação
direta com o objetivo do Plano Brasil Sem Miséria, como a política de
assistência técnica e extensão rural (Ater), o Seguro da Agricultura Familiar
(Seaf), o Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF), o Programa
de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação
Escolar (Pnae), a Rede Brasil Rural e o Programa Nacional de Biodiesel.
Para o ministro, a realização do fórum é um
momento importante de troca de experiências. “Tenho certeza de que cada um dos
participantes voltará para o seu país com energia renovada para a implantação
de políticas públicas que tenha como objetivo central acabar com a pobreza”
analisou.
Pepe Vargas mencionou o fato de que 84% das
propriedades rurais são de agricultores familiares que ocupam apenas 24% da
área. Paralelamente, as chamadas grandes propriedades ocupam 76% da área
agrícola brasileira. Outro dado apresentado pelo ministro foi o número de
unidades produtivas da agricultura familiar: são 4,3 milhões, responsáveis por
70% dos alimentos consumidos no País. O ministro ilustrou a dimensão da
agricultura familiar classificando em três estágios de desenvolvimento: os
agricultores em extrema pobreza; os que estão em transição para o mercado e já
acessam os programas do Governo Federal; e os agricultores já consolidados,
organizados em associações e cooperativas. O ministro reiterou a necessidade de
incluir os que estão em extrema pobreza, de aperfeiçoar os instrumentos de
crédito para quem já está no mercado e dar continuidade à oferta de crédito com
juros abaixo dos praticados pelo setor financeiro para os agricultores que se
encontram num estágio mais avançado de desenvolvimento.
O ministro apresentou, ainda, alguns
números da reforma agrária no Brasil, destacando que grande parte dos
brasileiros em situação de extrema pobreza vivem nos cerca de oito mil
assentamentos. “Temos essa realidade porque, no passado, essas pessoas eram
colocadas em assentamentos sem receber qualificação técnica, longe dos mercados
e sem nenhuma política de estruturação”, ponderou.
Pepe Vargas sintetizou sua apresentação afirmando
que, muitas vezes, são ideias simples que se colocadas em prática fazem a
diferença para as pessoas em situação de pobreza e pobreza extrema. O ministro
apontou ainda a importância de um governo comprometido com inclusão social,
dando os exemplo dos governos Lula e Dilma, como referências no combate às
desigualdades sociais. “A cobrança do governo para com os ministérios é
sistemática para que o foco esteja na superação da extrema pobreza até
2014. Nós acreditamo que é possível”, finalizou.
Plano Brasil Sem Miséria
“O Brasil Sem Miséria é um estágio superior, de aperfeiçoamento dos programas sociais, graças ao trabalho sedimentado nos oito anos de governo do presidente Lula e que teve sequência com a presidenta Dilma”. A constatação da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, é baseada em números do programa que completa seu primeiro ano em junho, com todas as metas superadas. A ministra destacou a busca ativa, que localizou e incluiu 687 mil famílias extremamente pobres no programa Bolsa Família. “Conseguimos superar nossa expectativa de localizar 640 mil famílias até dezembro. Invertemos a lógica de esperar as pessoas baterem na porta do Estado para alcançar os mais pobres dos pobres", observou.
Plano Brasil Sem Miséria
“O Brasil Sem Miséria é um estágio superior, de aperfeiçoamento dos programas sociais, graças ao trabalho sedimentado nos oito anos de governo do presidente Lula e que teve sequência com a presidenta Dilma”. A constatação da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, é baseada em números do programa que completa seu primeiro ano em junho, com todas as metas superadas. A ministra destacou a busca ativa, que localizou e incluiu 687 mil famílias extremamente pobres no programa Bolsa Família. “Conseguimos superar nossa expectativa de localizar 640 mil famílias até dezembro. Invertemos a lógica de esperar as pessoas baterem na porta do Estado para alcançar os mais pobres dos pobres", observou.
Tereza mencionou ainda a ação Brasil Carinhoso,
que ampliou os recursos do Bolsa Família para as famílias extremamente pobres
com filhos até seis anos. O programa garante renda extra de R$ 70 mensais
para cada membro da família. De acordo com a ministra, a medida resultará na
redução de cerca de 40% na extrema pobreza, já que os recursos começam a ser
pagos em junho, no cartão do Bolsa Família. “O impacto será ainda maior na primeira
infância: 2,7 milhões de crianças extremamente pobres de 0 a 6 anos sairão da
miséria”, completou Tereza Campello.
A ampliação de vagas em creches públicas e
conveniadas é outra prioridade do Brasil Sem Miséria, por meio do Brasil
Carinhoso. O governo está antecipando, para vagas novas, os valores do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) repassados por
aluno/ano matriculados em creches públicas ou conveniadas. Também ampliou em
50% os recursos destinados às crianças beneficiárias do Bolsa Família em
creches públicas ou conveniadas. Elas receberão valor adicional de R$ 1.362 ao
ano. Outra medida foi o reforço de 66% no valor repassado para alimentação
escolar de todas as crianças matriculadas em creches públicas e conveniadas.