Estradas em boas condições facilitam
escoamento da produção agrícola familiar
Agricultores familiares de municípios que
receberam as primeiras retroescavadeiras do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC 2) contam agora com estradas vicinais em melhores condições
para escoar seus produtos. Até o primeiro semestre deste ano, o Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA) entregou 1.275 máquinas a 1.299 municípios,
beneficiando mais de 60 milhões de pessoas. “Havia uma grande necessidade de
recuperar as estradas. Áreas ficavam alagadas quando chovia e o acesso a
algumas propriedades impossibilitado. Com a chegada do equipamento, o tempo de
transporte diminui e qualquer veículo entra nas propriedades sem dificuldade”,
relata o agricultor familiar Antônio Redondo, 59 anos, morador de Trindade do
Sul, a cerca de 400 quilômetros de Porto Alegre (RS).
O primeiro lote de retroescavadeiras foi entregue
ainda em dezembro do ano passado, pela presidenta Dilma Rousseff, quando 126
municípios do Rio Grande do Sul foram contemplados com 114 máquinas. Antônio
conta que os benefícios da doação são ainda maiores para produtores de
laticínios, como é o caso dele. “O caminhão que busca o leite nas unidades não
tem resfriamento, ele apenas mantém a temperatura do produto. Então, quanto
menos tempo o leite levar para chegar à cooperativa para ser pasteurizado,
melhor será a qualidade dele. Em estradas em boas condições o transporte é mais
ágil”, exemplifica. Segundo o agricultor, a mudança na estrutura das vias, a
partir do uso da retroescavadeira, é visível. “Algumas estradas foram
reabertas, outras ampliadas”, comenta.
Antônio criou seus quatro filhos com recursos provenientes da atividade agrícola. Atualmente, ele integra o Movimento do Pequeno Agricultor de Trindade do Sul (MPA). Em uma área de 8,5 hectares, planta milho, soja e cria gado e suínos. “O nosso sustento vem mesmo é da venda do leite”, assegura. A agricultura garante à família de Antônio uma renda mensal de R$ 1,5 mil.
Antônio criou seus quatro filhos com recursos provenientes da atividade agrícola. Atualmente, ele integra o Movimento do Pequeno Agricultor de Trindade do Sul (MPA). Em uma área de 8,5 hectares, planta milho, soja e cria gado e suínos. “O nosso sustento vem mesmo é da venda do leite”, assegura. A agricultura garante à família de Antônio uma renda mensal de R$ 1,5 mil.
As estradas vicinais de Jaguarão, município
gaúcho localizado no extremo sul do país, também estão mais acessíveis, diz a
agricultora Claudete Ferreira Dutra Moraes, 42 anos, da Comunidade de
Charqueadas. “Além de melhorá-las, as máquinas são usadas para abrir açudes, o
que ajuda a enfrentar a seca. A água armazenada é utilizada nas plantações e
serve para matar a sede dos animais”, relata. Claudete, que é filha de
agricultores, mora com a família em uma área de sete hectares adquirida por
meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), coordenado pelo MDA.
Logística
Gerente de laticínios da Cooperativa Mista de Pequenos Agricultores da Região Sul (Coopar), em São Lourenço do Sul/RS, Fábio Bender afirma que com a chegada da retroescavadeira ao município, localizado a 200 quilômetros de Porto Alegre, os reparos nas estradas vicinais passaram a ser feitos com maior regularidade. “Antes, demorava muito para fazer a recuperação. Agora, chove e o reparo ocorre em seguida”, explica.
Gerente de laticínios da Cooperativa Mista de Pequenos Agricultores da Região Sul (Coopar), em São Lourenço do Sul/RS, Fábio Bender afirma que com a chegada da retroescavadeira ao município, localizado a 200 quilômetros de Porto Alegre, os reparos nas estradas vicinais passaram a ser feitos com maior regularidade. “Antes, demorava muito para fazer a recuperação. Agora, chove e o reparo ocorre em seguida”, explica.
A cooperativa para qual Fábio trabalha conta com
2,8 mil cooperados. Destes, 500 são produtores de leite, inclusive ele. A venda
do alimento, de acordo com o gerente, é responsável por 40% do faturamento da Coopar.
“Produzimos, em média, 80 mil litros de leite por dia”, acrescenta. A retirada
do produto das unidades produtivas é feita por rotas. Cada rota atende cerca de
50 produtores e demora de cinco a sete horas para ser concluída. “Quando a
estrada está ruim, dificulta o acesso do caminhão à propriedade, o que
atrapalha a rota em umas duas horas”, conta.
PAC
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) alcançou, no primeiro semestre de 2012, um de seus mais importantes objetivos na missão de fortalecer a agricultura familiar brasileira: a entrega de 1.275 retroescavadeiras a 1.299 municípios de 26 estados do país (com exceção do Distrito Federal). A ação beneficia mais de 60 milhões de pessoas, entre as quais 3,5 milhões de famílias de agricultores familiares que vivem em municípios com até 50 mil habitantes e que ficam situadas fora de regiões metropolitanas.
PAC
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) alcançou, no primeiro semestre de 2012, um de seus mais importantes objetivos na missão de fortalecer a agricultura familiar brasileira: a entrega de 1.275 retroescavadeiras a 1.299 municípios de 26 estados do país (com exceção do Distrito Federal). A ação beneficia mais de 60 milhões de pessoas, entre as quais 3,5 milhões de famílias de agricultores familiares que vivem em municípios com até 50 mil habitantes e que ficam situadas fora de regiões metropolitanas.
A participação do MDA no PAC 2 é feita dentro do
eixo Transportes. Em um primeiro momento, foram injetados R$ 211 milhões na
compra de máquinas que já foram entregues. Das 1.275 retroescavadeiras
entregues em todo o Brasil, 135 foram para a Região Norte, 505 para o Nordeste,
275 para o Sudeste, 227 para o Sul e 133 para o Centro-Oeste. Agora, o governo
federal vai universalizar a ação e atender todos os municípios brasileiros até
50 mil habitantes e que estão fora de regiões metropolitanas. Serão doadas
outras 3.591 retroescavadeiras e 1.330 motoniveladoras. O cadastramento para
participar do processo de aquisição pode ser feito pelas prefeituras no portal
do MDA: www.mda.gov.br até
o dia 18 de setembro.

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