Quando comparado ao crédito oferecido para a safra
2011/2012, que obteve R$ 14,2 milhões contratados, o aumento real dos
recursos foi de 35% e dos contratos, de 44%.
A maior parte do valor usado na safra 2012/2013,
cerca de R$ 11 bilhões, foi destinada ao Pronaf Investimento. Conhecida
entre os agricultores familiares por financiar a implantação, ampliação
ou modernização da infraestrutura de produção e serviços, a linha de
crédito registrou mais de 1,5 milhão de contratos.
Pepe Vargas atenta que quando o agricultor tem acesso
ao crédito, faz investimento, mecaniza sua produção, aumenta sua
produtividade e diminui a dificuldade do trabalho. “Isso estimula os
jovens também a permanecer no campo, favorecendo a sucessão rural e a
agricultura familiar", destaca.
Os outros R$ 8,1 bilhões foram empregados no Pronaf
Custeio, que oferece condições especiais para os produtores interessados
em financiar atividades de beneficiamento, industrialização ou
comercialização da produção própria e/ou de terceiros. Mais de 688 mil
contratos foram assinados nessa modalidade.
Desde sua criação, no fim dos anos 90, o Pronaf se
destaca no meio rural por custear projetos individuais ou coletivos com
as mais baixas taxas de juros do setor. Os financiamentos contemplados
pela iniciativa impulsionam a geração de renda dos agricultores
familiares e assentados da reforma agrária.
Pronaf mudando a realidade
O produtor Eduardo Ângelo Borges, de 59 anos, por
exemplo, recorreu ao Pronaf Investimento há sete anos. Os R$ 18,5 mil
financiados foram usados para estruturar sua produção autônoma de
hortaliças. O cultivo das folhas e raízes é feito em sua propriedade de
cinco hectares no município de Aloândia (GO), a 150 quilômetros da
capital Goiânia.
Até então arrendatário, seu Eduardo conseguiu
adquirir sua própria terra por meio do Programa Nacional de Crédito
Fundiário (PNCF), também do MDA. Com a aquisição, ele apostou no Pronaf
para mecanizar o cultivo da terra. O recurso do programa foi empregado
na compra de quatro equipamentos que auxiliam o preparo e o cultivo das
hortaliças. “Minhas mãos não pegam mais no serviço pesado, só as
máquinas. As mãos calejadas já estão lisinhas”, diverte-se o agricultor.
"Estava desgostoso da
vida em ter que trabalhar no chão dos outros. Agora, já levanto é
sabendo o que vou fazer, tenho programação para a semana inteira",
complementa. Com o fruto da comercialização das hortaliças, seu Eduardo
já comprou mais dez hectares de terra, onde pretende se dedicar à
plantação de guariroba – ou gueroba, como é conhecida na região.
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