A mútua cooperação com o futuro da
educação no campo. Este foi o tema da conversa entre o ministro do
Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias e a diretora da Área
Programática da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco) no Brasil, Marlova Noleto, nesta segunda-feira
(4), em Brasília. Ambos debateram sobre uma possível cooperação, com o
objetivo de melhorar o ensino no meio rural brasileiro.
Patrus
lembrou que uma das prioridades do governo é tornar os assentamentos
mais atrativos para os jovens, para que eles queiram permanecer no
campo. “Temos muito interesse em uma parceria, já que queremos tornar os
assentamentos espaços melhores, fazer com que sejam espaços de vida,
para manter os jovens no campo”, afirmou.
O
ministro ressaltou que, para ele, educação vai além da melhora das
escolas e do ambiente em sala de aula. “Estamos trabalhando para levar
educação para o campo e, além disso, vinculá-la com a cultura e a
inclusão digital, para que os assentamentos recebam educação não só em
sentido estrito”, observou.
Marlova
classificou a ideia de atrelar educação à cultura e à informática como
inovadora e assegurou que a Unesco pode auxiliar na execução do projeto.
“Vamos pensar em um processo inovador, que una tudo que o ministério
achar apropriado. E podemos pensar nisso não só nos assentamentos, mas
para todas as populações rurais”, salientou Noleto.
A
diretora da Unesco realçou, ainda, a experiência da organização com
educação no campo e disse que quer preencher as lacunas de cooperação,
em prol dos camponeses. “Já trabalhamos neste sentido, no sistema de
cooperação, só que com o Ministério da Educação (MEC). Fizemos um curso
de formação com professores que trabalhavam em assentamentos, o que
melhorou a qualidade da educação nesses lugares”, concluiu Marlova.
Atualmente,
o MDA possui cooperação com o Instituto Interamericano de Cooperação
para a Agricultura (IICA) e com o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento.
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