Às Delegacias Federais de Desenvolvimento Agrário compete monitorar, supervisionar e gerenciar as atividades relacionadas às atribuições legais do Ministério, nos Estados e no Distrito Federal, sob orientação da Secretaria-Executiva. (DECRETO Nº 7.255, DE 4 DE AGOSTO DE 2010).

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012



MDA assina novos contratos do PAC 2 para fornecimento de retroescavadeiras
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) assinou, na tarde de quinta-feira (27), contratos para o fornecimento de retroescavadeiras com as quatro empresas que venceram a licitação do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC 2) –  Case New Holland, Random Veículos, JCB e Caterpillar. A compra das máquinas é uma continuação da segunda etapa do Programa, que tem orçamento de mais de R$ 1 bilhão já aprovado pelo Congresso Nacional, e irá entregar outras 3.591 retroescavadeiras e 1.330 motoniveladoras em todo o País.
“Esse é um passo importante no nosso objetivo que ao mesmo tempo busca estimular a indústria nacional e visa melhorar e atender a agricultura familiar por meio da recuperação da estrutura viária das estradas vicinais do meio rural”, ressaltou o secretário-executivo do MDA, Laudemir Müller.
A compra, feita pelo governo federal, representa cerca de 50% do mercado de motoniveladoras e retroescavadeiras brasileiro, ou seja, para cada dois equipamentos produzidos, um é demandado por essa ação. Além do fornecimento das máquinas, as empresas se comprometem a qualificar o usuário da máquina, fornecer manutenção e assistência técnica. O início da entrega do maquinário está previsto para a segunda quinzena de janeiro.
Com isso, a ação alcançará todos os municípios que se inscreveram para recebimento das máquinas nesta etapa. A adesão foi de 96% dos 4.855 municípios brasileiros com até 50 mil habitantes situados fora de regiões metropolitanas. A distribuição das máquinas visa melhoria e construção de estradas vicinais, permitindo melhor escoamento da produção e promovendo qualidade de vida às mulheres e homens que vivem no meio rural.
 Mais Estradas
Dentro da segunda etapa do PAC 2, o Ministério do Desenvolvimento Agrário entregou, entre dezembro de 2011 e julho de 2012, 1.275 retroescavadeiras a 1,3 mil municípios brasileiros. O investimento de cerca de R$ 211 milhões beneficia mais de 60 milhões de pessoas, entre as quais 3,5 milhões de famílias de agricultores. Juntas, as duas etapas representam a compra de 6.608 máquinas e um investimento de R$ 1,4 bilhão do MDA.





MDA e Cuba acertam detalhes finais para exportação de máquinas agrícolas do Brasil
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) recebeu, na quinta-feira (27), a visita do embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora e do conselheiro econômico da embaixada do país caribenho, Raciel Proenza Rodriguez. Os dois representantes do governo cubano foram recebidos pelo secretário-executivo do MDA, Laudemir André Müller; pelo coordenador do Programa Mais Alimentos do ministério, Marco Antônio Viana Leite; e pelo chefe da assessoria para Assuntos Internacionais e de Promoção Comercial (Aipc/MDA), Francesco Pierri.
O propósito da reunião, que ocorreu na sede do MDA, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi discutir os detalhes finais da operação de venda do primeiro lote de máquinas do Programa Mais Alimentos Internacional do MDA para os cubanos. A exportação foi confirmada para o primeiro trimestre de 2013 e, após a sua concretização, Cuba terá sido o primeiro país a receber financiamento do Programa para a aquisição de máquinas e implementos agrícolas destinados à agricultura familiar.
“No encontro de hoje, nós acertamos os últimos itens dessa cooperação que é inédita e, ao mesmo tempo, complexa, avaliando todos os aspectos ligados a ela. O objetivo do MDA é concretizar o quanto antes essa operação que vai beneficiar a agricultura familiar cubana, por meio não só da exportação de máquinas e equipamentos, mas, também, da transferência de tecnologia para os agricultores daquele país”, explicou Laudemir Müller.
Nesta primeira etapa, o Brasil vai liberar US$ 70 milhões, equivalentes a cerca de R$ 141,5 milhões, para financiar a compra. Outra etapa do Programa já cumprida foi a entrega ao embaixador Carlos Zamora da lista precificada dos implementos solicitados por Cuba. Marco Antônio Viana Leite e Francesco Pierri acreditam que a entrega desse primeiro tranche (uma parte da operação) ocorra logo nos primeiros meses de 2013. “Estamos muito otimistas”, afirmaram.
O embaixador Carlos Zamora, por sua vez, comemorou o fato de não haverem grandes obstáculos para a concretização do negócio que contribuirá para o fortalecimento da agricultura familiar e, também, para a atualização do modelo econômico cubano. Atualmente, cerca de 350 mil famílias vivem no meio rural em Cuba, das quais, aproximadamente, 170 mil serão beneficiadas pelo acordo entre os dois países.

O Programa
O Mais Alimentos Internacional foi criado em 2010, a princípio como Mais Alimentos África. Atualmente, quatro países têm acordo firmado com o Brasil: Zimbábue, Moçambique, Gana e Cuba. O objetivo do programa é estabelecer uma linha de cooperação técnica que destaca a produção de alimentos pela agricultura familiar como caminho para segurança alimentar e nutricional dos países participantes.
Aliada à cooperação técnica, a ação prevê o financiamento de tecnologia adaptada às realidades socioambientais da agricultura familiar local, como forma de ampliar a produção e a produtividade dos estabelecimentos rurais. A ideia é que estes países possam produzir mais e melhor. E com o aumento da produtividade e, consequentemente, da renda tornem-se clientes regulares da tecnologia agrícola brasileira.



MDA e Cuba acertam detalhes finais para exportação de máquinas agrícolas do Brasil
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) recebeu, na quinta-feira (27), a visita do embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora e do conselheiro econômico da embaixada do país caribenho, Raciel Proenza Rodriguez. Os dois representantes do governo cubano foram recebidos pelo secretário-executivo do MDA, Laudemir André Müller; pelo coordenador do Programa Mais Alimentos do ministério, Marco Antônio Viana Leite; e pelo chefe da assessoria para Assuntos Internacionais e de Promoção Comercial (Aipc/MDA), Francesco Pierri.
O propósito da reunião, que ocorreu na sede do MDA, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi discutir os detalhes finais da operação de venda do primeiro lote de máquinas do Programa Mais Alimentos Internacional do MDA para os cubanos. A exportação foi confirmada para o primeiro trimestre de 2013 e, após a sua concretização, Cuba terá sido o primeiro país a receber financiamento do Programa para a aquisição de máquinas e implementos agrícolas destinados à agricultura familiar.
“No encontro de hoje, nós acertamos os últimos itens dessa cooperação que é inédita e, ao mesmo tempo, complexa, avaliando todos os aspectos ligados a ela. O objetivo do MDA é concretizar o quanto antes essa operação que vai beneficiar a agricultura familiar cubana, por meio não só da exportação de máquinas e equipamentos, mas, também, da transferência de tecnologia para os agricultores daquele país”, explicou Laudemir Müller.
Nesta primeira etapa, o Brasil vai liberar US$ 70 milhões, equivalentes a cerca de R$ 141,5 milhões, para financiar a compra. Outra etapa do Programa já cumprida foi a entrega ao embaixador Carlos Zamora da lista precificada dos implementos solicitados por Cuba. Marco Antônio Viana Leite e Francesco Pierri acreditam que a entrega desse primeiro tranche (uma parte da operação) ocorra logo nos primeiros meses de 2013. “Estamos muito otimistas”, afirmaram.
O embaixador Carlos Zamora, por sua vez, comemorou o fato de não haverem grandes obstáculos para a concretização do negócio que contribuirá para o fortalecimento da agricultura familiar e, também, para a atualização do modelo econômico cubano. Atualmente, cerca de 350 mil famílias vivem no meio rural em Cuba, das quais, aproximadamente, 170 mil serão beneficiadas pelo acordo entre os dois países.

O Programa
O Mais Alimentos Internacional foi criado em 2010, a princípio como Mais Alimentos África. Atualmente, quatro países têm acordo firmado com o Brasil: Zimbábue, Moçambique, Gana e Cuba. O objetivo do programa é estabelecer uma linha de cooperação técnica que destaca a produção de alimentos pela agricultura familiar como caminho para segurança alimentar e nutricional dos países participantes.
Aliada à cooperação técnica, a ação prevê o financiamento de tecnologia adaptada às realidades socioambientais da agricultura familiar local, como forma de ampliar a produção e a produtividade dos estabelecimentos rurais. A ideia é que estes países possam produzir mais e melhor. E com o aumento da produtividade e, consequentemente, da renda tornem-se clientes regulares da tecnologia agrícola brasileira.

Selo da Agricultura Familiar ajuda associação mineira a expandir mercado
Há dois anos, a Associação dos Produtores da Agricultura Familiar (Apaf), do município mineiro de Cláudio, decidiu reorganizar o empreendimento e investir na divulgação dos produtos ofertados. Com a intenção de conquistar o mercado da cidade, a associação apostou na modernização do rótulo dos itens produzidos e aderiu ao Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
“O produto é o mesmo que vendíamos antes. Ele já era bom, com qualidade, mas para a pessoa acreditar nele era outra história. Mudamos a embalagem para ficar mais fácil de identificar a origem na agricultura familiar. Ela traz o Selo bem destacada”, observa o presidente da Apaf, Raymundo Tadeu de Morais, 54 anos, ao realçar que o Sipaf deu mais credibilidade para os mercados e clientes. “Isso ajudou muito a gente. Saímos de um começo bem difícil para alavancarmos de uma vez, com crédito no mercado”, destaca.
Mais conhecido como Tadeu, o produtor explica que os produtos são vendidos para os supermercados da cidade. A associação fornece ainda para os programas de Alimentação Escolar (Pnae) e de Aquisição de Alimentos (PAA), desde 2011. “O mesmo produto que circula no mercado do município circula também no PAA e no Pnae”, acrescenta o produtor que assegura que a associação é o único empreendimento da agricultura familiar da cidade que tem permissão para usar o Selo.


APAF
Fundada em 2008, a Apaf reúne 27 famílias agricultoras. Juntas, elas são responsáveis por produzir e comercializar uma lista abundante de produtos, que incluem industrializados - queijos, mussarelas, fubá, farinhas, doces etc. -, hortifrutigranjeiros e alguns animais, como peixes e frangos. A maioria dos itens identificados com o Selo são os industrializados.
Selo favorece a comercialização
Tadeu conta que o conjunto de mudanças fez o volume de comercialização aumentar cerca de 40% ao ano. “Acabamos de fazer o balanço de 2012, comparado a 2011, aumentamos em 60% as vendas da associação”, conta.
“O selo oferece valor e reconhecimento aos produtos da agricultura familiar expostos nas prateleiras. Muitas vezes, as pessoas compram os produtos e não sabem que eles são da agricultura familiar, não sabem que tem o esforço de uma família, do trabalho dos produtores, por trás daquele produto. O selo leva ao consumidor essa informação, o que pode resultar na preferência. Acreditamos que o selo pode ser um diferencial na hora da compra”, explica o diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA), Arnoldo de Campos.


Sipaf Instituído pelo MDA em 2009, o Selo visa identificar os produtos de origem majoritária da agricultura familiar e ampliar a visibilidade de empresas e empreendimentos que promovem a inclusão econômica e social dos agricultores familiares.
O Sipaf é válido por cinco anos, período que pode ser renovado. A concessão é feita pelo ministério e por instituições públicas e privadas parceiras do MDA. Os interessados em obter a certificação devem estar com a documentação em dia: Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), em caso de empreendimento, e Cadastro de Pessoa Física (CPF), em casos de pessoas físicas. Os que possuem Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) devem estar dentro do prazo de validade.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012



Linguiças e salames fazem sucesso em Parada Cristal (RS)
No final da Rua Márcia Modena Santana, em Parada Cristal, bairro a 12 km de Caxias do Sul (RS), uma casa branca e simples abriga uma agroindústria promissora. Paulo Genésio Melo, agricultor familiar, 39 anos, avisa logo de cara: “Se falarem Paulo, ninguém sabe quem é. Sou mais conhecido como Paulinho.” Ele é dono do negócio, onde produz linguiças frescas e defumadas, copa e salames colonial e alemão. Paulinho pretende ampliar, futuramente, a agroindústria Santa Barbara, onde está construindo um sobrado para morar. “Quero contar com a ajuda do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para isso”, revela.
Tudo começou em 2004, quando Paulinho decidiu ser seu próprio chefe. Em sua propriedade, produz para consumo, milho, porcos e frango. Mas queria algo mais. “O começo foi muito difícil, o dinheiro para investir foi tirado do meu bolso”, lembra. Dois anos depois, as coisas começaram a melhorar e o agricultor pôde até contratar funcionários para ajudá-lo na produção. No total, ele e mais quatro pessoas fazem as linguiças e salames já premiados em feiras no estado. O segredo do sucesso ele não conta. “Tem um toque especial, um toque de Paulo”, brinca. Para ele, seu sucesso é fruto da qualidade do produto, do atendimento e da degustação, que ele considera seu diferencial para encantar o comprador. “O preço das outras linguiças e salames não difere muito, o que conta é o sabor.”
Paulinho era metalúrgico, o que o ajudou a construir uma máquina para o processamento de seus produtos. “Essa é exclusiva, só eu tenho.” No começo, ele conseguia fazer 10 quilos de salame e linguiça em cinco minutos, manualmente. Agora, ela possui um motor (projetado por ele) e consegue fazer até 300 quilos, vendidos de janeiro a janeiro, como garante o agricultor. “Só descansamos no domingo.” Atualmente, ele vende para 54 mercados de Caxias do Sul, além das feiras que participa (em torno de 18 por ano). Às sextas-feiras, Paulinho fica das 5h às 17h à beira da BR 116, que corta a cidade, em uma barraquinha, onde, também, vende seus produtos por R$ 13 o quilo (uma peça tem cerca de 400 gramas).
O agricultor familiar relata que, para ampliar a agroindústria, é necessário comprar um novo maquinário. “O espaço também está ficando pequeno.” É aí que ele pretende estreitar laços com o MDA, a fim de melhorar a produção. “A variedade é pequena, mas é bem feita”, assegura. Apenas 30% dos porcos, que ele utiliza para fazer as linguiças e salames, são de sua propriedade. 70% ele compra de outros agricultores. Futuramente, ele pretende reduzir esse custo, fazendo com que sua produção aumente para 50%. “Com isso, poderemos reduzir o preço das peças.” Paulinho  vende para outros estados, como Espírito Santo, Amazonas, Rio de Janeiro e já recebeu pedidos do Distrito Federal, tudo isso sem fazer propaganda na internet, apenas no boca a boca. “Sou muito feliz, porque faço uma coisa que gosto. Não tem como ficar triste assim”, enfatiza Paulinho.