Ação do MDA no PAC 2 ajuda a acelerar crescimento do país
04/04/2012

"Trata-se de um programa do governo federal
que visa melhorar as condições das estradas vicinais dos municípios e, desta
forma, o escoamento da produção da agricultura familiar. Ao mesmo tempo,
contribui para gerar empregos nas indústrias nacionais, fabricantes das
máquinas. Em ambos os casos estamos acelerando o crescimento do país",
resume o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
O investimento total é de, aproximadamente, R$
211,4 milhões — ao preço unitário médio de R$ 164,8 mil cada retroescavadeira,
e deverá beneficiar cerca de 1,5 milhão de pessoas que vivem no meio rural (dos
quais, 1,1 milhão são agricultores familiares). De dezembro de 2011 até o final
de março de 2012, o MDA já entregou 287 máquinas em 299 municípios, sendo que
em alguns municípios as máquinas são adquiridas por mais de um município, que
se unem por meio de consórcio.
“Os prefeitos estão recebendo muito mais do que
máquinas”, salienta o secretário de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir
Müller. Segundo Müller, trata-se de um projeto de desenvolvimento do Brasil.
“Esse investimento gera mais emprego, que gera mais renda, que gera mais
consumo. A agricultura familiar produz alimentos e alimenta o crescimento do
nosso país. Junto com o crédito e a assistência técnica, entre outras políticas
públicas, essas máquinas demonstram que o governo está determinado a fortalecer
a agricultura familiar”, assinala.
Quem é beneficiado com a chegada dos
equipamentos, também comemora. "As máquinas significam mais dignidade para
quem vive no meio rural. Significa manter a nossa mesa farta", diz a
prefeita de Conceição de Macabu, no estado do Rio de Janeiro, Lídia Mercedes.
Primeiras entregas
A entrega das máquinas teve início em dezembro de 2011, quando o estado do Rio Grande do Sul recebeu o primeiro lote, de 114 máquinas entregues a 126 municípios. Em fevereiro, foi a vez do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, com 20 e 31 máquinas entregues e investimentos de R$ 3,060 milhões e R$ 4,743 milhões, respectivamente. No mês de março, as entregas foram ampliadas para cinco estados (Santa Catarina, Alagoas, Minas Gerais, Rondônia e Bahia). Assim, somente em março, o MDA entregou, nestes estados, 122 máquinas que representam um investimento de mais de R$ 19 milhões.
Em Santa Catarina foram 20 máquinas (R$ 2,830
milhões); em Alagoas, 31 (R$ 5,424 milhões); e em Minas Gerais, 46 (R$
6,532 milhões). No estado de Rondônia, o ministro do Desenvolvimento Agrário,
Pepe Vargas, entregou 18 retroescavadeiras, que representaram um investimento
de R$ 3,397 milhões. Por fim, a Bahia recebeu sete máquinas (R$ 1,225 milhão).
No estado baiano, até o final do primeiro semestre, 93 municípios serão
contemplados com máquinas. No entanto, a seca que atinge a região levou à
antecipação de datas para sete localidades que se encontram em estado de
emergência. Na próxima terça-feira, o MDA entregará 53 máquinas para a Bahia.
Para se candidatar às máquinas, os municípios
precisam seguir a metodologia utilizada pelo PAC. Os critérios de classificação
são pertencer ao programa Territórios da Cidadania; ter maior participação do
PIB agrícola no PIB total do município; extensão territorial e maior presença
de agricultores familiares em relação ao total dos produtores rurais
registrados no município. A classificação também leva em consideração uma
distribuição equilibrada entre as regiões brasileiras. Ao todo, 1,3 mil
municípios de até 50 mil habitantes serão beneficiados pela recuperação e
manutenção de estradas vicinais este ano.
Boas estradas
No entendimento do delegado federal do MDA em Minas Gerais, Alcides Guedes Filho, os critérios para que os municípios recebam as máquinas são relevantes porque identificam claramente quem e quais são os mais carentes. “Na sua maioria, as estradas destas localidades não são pavimentadas. As máquinas chegam para melhorar em muito o escoamento da produção da agricultura familiar”, reconhece Alcides.
A melhoria nas estradas traz outros benefícios à
população local, como na saúde e na educação, sobretudo das famílias
agricultoras, salienta o secretário, Laudemir Müller. "Com estradas em
boas condições, os agricultores podem obter auxílio médico com mais rapidez. Há
também uma melhora no transporte escolar. A infraestrutura no meio rural é
fundamental para a agricultura familiar”, explicou.
"Sem estrada não há escoamento da produção,
mas, principalmente, não há qualidade de vida na zona rural”, acrescenta o
secretário de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro, Cristino
Áureo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário