Expointer: Feira da Agricultura Familiar é oportunidade de divulgação e
bons negócios


A agricultora familiar Gema Gabriel, 65 anos,
participa pelo oitavo ano da Feira da Agricultura Familiar na Expointer. Ela
trouxe os Produtos Coloniais Gabriel, produzidos na agroindústria da família
que atualmente tem cinco funcionários (ela, o marido, o irmão e dois sobrinhos)
e processa em média 12 mil quilos de doce por ano. As frutas para a produção
das geleias e compotas vem do pomar que ocupa metade dos 15 hectares da
propriedade em Monte Belo do Sul na Serra Gaúcha.
Em 2011, a Feira da Agricultura Familiar movimentou
R$ 1,44 milhão e este ano o montante deve ser ainda maior. “A nossa expectativa
é aumentar o valor comercializado em cerca de 20% em relação à última edição”,
afirma a delegada federal do MDA no Rio Grande do Sul, Dalva Isaura Schreiner.
O principal mercado dos produtos Gabriel são as
feiras locais e os eventos de agricultura familiar em todo Brasil apoiados pelo
MDA, dos quais participa sempre que tem oportunidade. “Se não fosse o MDA nos
levando para as feiras eu não sei o que seria”, afirma Gema que espera vender
no estande que ocupa os 500 quilos de doce que trouxe.
Selo da Agricultura Familiar
Para a Expointer, os produtos receberam o Selo da
Agricultura Familiar (Sipaf) que vão dar visibilidade aos doces, onde quer que
sejam vendidos, como produtos da agricultura familiar. O desejo da família
agora é conseguir levar os para as escolas os doces a partir do Programa
Nacional da Alimentação Escolar (Pnae). “Vender para o Pnae é o meu sonho”,
conta.
Dona Audaci Bellé, 52, é veterana da Feira da
Agricultura Familiar: participou de todas as edições. Há 20 anos trabalha com o
marido no processamento de produtos a base de frutas e verduras e, mais
recentemente, passou a contar também com a filha e o genro no trabalho. A
agroindústria Bellé, localizada no município de Antônio Prado na Serra Gaúcha
atualmente produz em torno de 50 mil litros de suco por ano e é uma das poucas
empresas brasileiras que têm licença para comercializar produtos a base de
frutas nativas.
Com a linha recém aprovada com seis sabores de
sucos de frutas nativas ela foi para a Expointer atrás de bons contatos.
“Queremos levar nossos produtos para todo o Brasil e a feira é uma boa opção
para expandir nosso mercado. Aqui temos a oportunidade de divulgar o nosso
produto e conversar com possíveis compradores”, explica Audaci, já em processo
de liberação de mais cinco polpas. A propriedade em Antônio Prado (RS) de 3,75
hectares é muito bem aproveitada. Tirando o espaço da casa da família, todo o
terreno é ocupado por frutas nativas.
Larri Paulo Kist, 50, inovou. Depois de mais de
cinco anos de pesquisa conseguiu criar um produto que hoje está sendo estudado
por cientistas e universidades, o óleo de abacate. O produto que funciona como
suplemento alimentar e tem propriedades curativas já tem inclusive certificação
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é vendido em feiras por
todo o Brasil.
Este ano é a 5a vez que participa da Feira da
Agricultura Familiar e não pretende parar tão cedo. “A Feira é o primeiro
encontro com o consumidor. A partir desse encontro o produtor começa a ajustar,
aperfeiçoar o produto dele, ele começa a evoluir gradativamente. Eu acho que nesse
sentido, o MDA, todas as entidades que apoiam esses eventos estão de parabéns.
Eu acredito que este é o caminho”, afirma.
A produção de óleo de abacate ainda é pequena, mas
está crescendo. Em 2011 foram extraídos 250 litros e até o final deste ano esse
valor deve quadruplicar, a expectativa de produção é de mil litros até
dezembro. Mas Larri quer alçar voos maiores, o próximo passo é fazer um projeto
técnico para o Mais Alimentos, talvez na própria Expointer, e adquirir algumas
máquinas que tornarão o processo mais dinâmico e eficiente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário