Na
busca pela ampliação da renda, 12 agricultoras do semiárido piauiense
decidiram se unir e colocar em prática os conhecimentos para produzir
biscoitos, bolos, doces. Dessa ideia surgiu o grupo Mulheres Ativas, que
com capacitação adequada e o uso de matéria prima 100% orgânica, atrai a
clientela pela qualidade e sustentabilidade dos produtos.
Autonomia
e a melhora na qualidade de vida foram as principais conquistas do
grupo, segundo a jovem agricultora Francisca da Silva Caxias. “Agora
somos mais independentes, em todos os sentidos, e capacitadas. Vendemos
sob encomenda, para os clientes e, em breve, vamos fornecer para
padarias. Nossa renda vem crescendo, mensalmente, e tem ajudado bastante
em casa. Isso nos enche de orgulho”, comenta.
O
grupo Mulheres Ativas pertence à Associação Terra Ativa, no município
de Batalha (PI), e foi adquirida em 2005 pelo Programa Nacional de
Crédito Fundiário, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Conhecimento e prática
O
despertar para a produção coletiva surgiu após uma oficina, organizada
dentro da programação da Chamada de Assistência Técnica e Extensão Rural
para o Crédito Fundiário, do MDA, executada pelo Centro de Educação
Ambiental e Assessoria (CEAA). Nesse encontro, elas perceberam que era o
momento de empreender, trocando a produção individual pela coletiva.
Certas
do que queriam, buscaram o aprimoramento. Fizeram cursos como: Práticas
de Alimentação Saudável, Gestão Financeira no Campo, entre outros.
Participaram de oficinas de capacitação e empreendedorismos, oferecidas
pelo SENAE, pelo CEAA, pelo Sindicato dos Trabalhadores de Batalha
(STTR) e pelo Instituto Mandacaru. Com conhecimento e prática dobraram o
ganho, que deve chegar a mais de R$ 43 mil por ano.
Crédito Fundiário
O
Programa Nacional de Crédito Fundiário é uma política pública do
Governo Federal criada para que os agricultores familiares sem terra ou
com pouca terra possam adquirir imóveis rurais. O programa funciona como
uma política complementar à reforma agrária, uma vez que permite a
aquisição de áreas que não são passiveis de desapropriação.
Além
da terra, o financiamento - que tem juros e prazos bem acessíveis -
disponibiliza recursos, para infraestrutura básica e produtiva,
acompanhamento técnico e o que mais for necessário para que o agricultor
possa se desenvolver de forma independente e autônoma. O financiamento
pode tanto individual ou coletivo.
Gerido
pela Secretaria de Reordenamento Agrário (SRA/MDA), o programa, desde a
sua implantação, já beneficiou mais de 137 mil famílias, sendo 18 mil
destas só no Piauí, que é o segundo estado brasileiro em acesso ao
programa.
Ascom - MDA.
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