Pepe
Vargas destaca papel do Estado na segurança e soberania alimentar

Antes do debate, ocorreu a assinatura do convênio entre a Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), do Rio Grande do Sul, com a rede de supermercados Pão de Açúcar. A cooperativa é formada por assentados da reforma agrária no estado. A rede vai adquirir 15 toneladas de arroz orgânico até o final deste ano, que serão comercializados na região Centro Oeste. O ministro Pepe Vargas enalteceu a assinatura do convênio como prova de que com apoio de políticas públicas é possível desenvolver os assentamentos e permitir que possam ter acesso aos mercados. O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Milton Fornazieri, mais conhecido como Rascunho, disse que o contrato vai beneficiar diretamente 30 famílias de cooperados, assentados pela reforma agrária no estado gaúcho. O ato também teve a participação da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello e do diretor da Coopan, Airton Rubenich.
Pepe Vargas ressaltou a importância de os países focarem suas políticas em programas que priorizem a subsistência das famílias, como o Bolsa Família, e que gradativamente, sejam beneficiárias de programas de compras governamentais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), aumentando a renda e melhorando a qualidade de vida das famílias. “Assim, cria-se uma base sólida para que estas famílias sejam incluídas nos aspectos produtivos e sociais, dentro de uma rota de sustentabilidade, com manejo mais sustentável possível do solo, da água e dos insumos utilizados”, explicou. Vargas reiterou que a partir deste ano todas as chamadas públicas de assistência técnica e extensão rural (Ater) serão focadas em práticas que diminuam o uso de agrotóxicos e que incentivem a produção agroecológica. “O trabalho de assistência técnica discute com a família um projeto de desenvolvimento produtivo de acordo com a realidade da família e o estado brasileiro fornece recursos para que essa família produza alimentos para consumo próprio e, progressivamente produza excedentes, para poder fornecer para os programas de compras governamentais e também para os mercados regionais”, disse.
O ministro ainda chamou a atenção para que os
países criem órgãos de governo, que tratem das políticas públicas da
agricultura familiar, para executarem o papel de vetores de segurança e soberania
alimentar. “No Brasil, já existem políticas que visam a promoção do acesso do
direto humano à alimentação”, afirmou. Pepe Vargas citou o Programa de
Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e o Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf) como algumas das iniciativas do governo para
garantir acesso a este direito.
Esther Pininua falou sobre a luta dos agricultores filipinos pela reforma agrária e que a sociedade civil deve se conscientizar para o tema da soberania alimentar e os governos precisam seguir o exemplo brasileiro de concretização de ações que estão diminuindo a pobreza no campo e permitindo a inclusão produtiva de milhares de famílias.
Esther Pininua falou sobre a luta dos agricultores filipinos pela reforma agrária e que a sociedade civil deve se conscientizar para o tema da soberania alimentar e os governos precisam seguir o exemplo brasileiro de concretização de ações que estão diminuindo a pobreza no campo e permitindo a inclusão produtiva de milhares de famílias.
Renato Sérgio Jamil Maluf, que integra o fórum
brasileiro de soberania e segurança alimentar e nutricional, mostrou a
necessidade de ampliar o debate sobre o tema para além dos agricultores e dos
movimentos sociais. “Essa noção de soberania alimentar tem origem nos
movimentos sociais do campo. Por isso quando se fala é bastante natural que se
valorize aspectos locais, mas ela precisa ser traduzida para diferentes setores
da sociedade. É preciso que a sociedade saiba o que quer dizer soberania
alimentar”, alertou. Renato Sérgio elogiou a postura brasileira frente à crise
mundial de alimentos, mencionada pela painelista Karen, afirmando que o país
deu respostas soberanas que garantiram o abastecimento interno e que, ainda,
contribuíram para ações em outros países.
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