O reconhecimento do papel das
agricultoras familiares na produção de alimentos saudáveis, sem o uso de
agrotóxicos e em acordo com o meio ambiente foi enfatizado durante o segundo
dia do 1º Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas. O evento segue
até esta quinta-feira dia 21, no Parque da Cidade, em Brasília, e reúne mais de três
mil lideranças, de 23 estados.
De acordo com a diretora de Políticas para
Mulheres Rurais do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Karla Hora, é
muito importante o diálogo com o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC). “O
movimento tem relevância na luta pelos direitos das mulheres rurais. A
participação do ministério, além da divulgação de suas políticas públicas,
envolve o apoio à mostra de produtos alimentícios e artesanais que valoriza e
dá visibilidade ao trabalho produtivo das mulheres rurais”, explicou Karla, uma
das palestrantes na plenária O Papel das Mulheres na Agroecologia.
Em sua participação na plenária, Karla apontou os
principais elementos em discussão na elaboração do Plano Nacional de
Agroecologia, em curso. O
encontro foi marcado pelo diálogo com o governo e contou com a presença da
presidenta Dilma Rousseff, do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas;
e do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, além de outros ministros e
parlamentares.
Autonomia
Antonia Maria Rodrigues, 70 anos, é um exemplo de como o acesso às políticas públicas pode representar mais justiça e igualdade para as camponesas. Ex- presidente e atual tesoureira da Associação de Mulheres Camponesas de Riacho de Santana, na Bahia, ela começou com um grupo de sete amigas e, hoje, conta com mais de 50 mulheres na associação. ”No começo foi difícil, ninguém queria ajudar, mas depois que começamos a participar de oficinas e a aprender como lidar com os alimentos e comercializar nossa produção, as mulheres começaram a se interessar”, lembra.
Antonia Maria Rodrigues, 70 anos, é um exemplo de como o acesso às políticas públicas pode representar mais justiça e igualdade para as camponesas. Ex- presidente e atual tesoureira da Associação de Mulheres Camponesas de Riacho de Santana, na Bahia, ela começou com um grupo de sete amigas e, hoje, conta com mais de 50 mulheres na associação. ”No começo foi difícil, ninguém queria ajudar, mas depois que começamos a participar de oficinas e a aprender como lidar com os alimentos e comercializar nossa produção, as mulheres começaram a se interessar”, lembra.
Atualmente, além de produtos alimentícios,
Antônia e suas colegas produzem artesanato, que vendem em feiras nos municípios
próximos. Ela participa de diversos programas do governo, como o Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA) e destaca a importância do Programa Nacional de
Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR), que permitiu que elas
criassem a associação.
O público
do encontro também reúne camponesas que começam a descobrir as vantagens de
trabalhar em grupo, como Dona Valdivina Paes, de Aquidauana, Mato Grosso do
Sul, que diz que apesar dos 65 anos de vida, sente que nasceu de novo há
cinco anos, quando conheceu o Movimento de Mulheres Camponesas. “Sempre vivi na
roça e até os 35 anos nunca tinha ido a uma cidade grande. Agora estou aqui
aprendendo com minhas companheiras. Quero aprender cada vez mais e sei que isto
vai me fazer melhorar de vida”, afirmou.
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