Durante a abertura do Congresso, o ministro Pepe
Vargas destacou as conquistas da agricultura familiar nos últimos anos,
como a ampliação do alcance e melhores condições de juros do Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), a criação
de instrumentos de garantia de renda, os programas compras públicas e a
retomada a ideia de uma política pública de Assistência Técnica e
Extensão Rural (Ater). “Reconhecer esses avanços não é deixar de ter uma
visão crítica sobre o que ainda precisamos avançar, mas é manter uma
esperança crítica que nos permita dar saltos maiores para mais
conquistas aos agricultores e agricultoras do país”, pontuou.
Ele ressaltou, ainda, a relevância dos movimentos
sociais camponeses no processo de evolução das políticas públicas. “Para
nós do Governo Federal, o movimento social organizado, mobilizado, que
luta por seus direitos, é extremamente importante para que a gente possa
fazer as nossas políticas avançarem ainda mais e alcancem um maior
número de cidadãos.”
A ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome (MDS), também falou sobre a participação dos
movimentos nas mudanças sociais no campo. “Essa transformação no Brasil
não é um processo natural, é resultado das lutas de vocês, que trouxeram
um conjunto de agendas que foram transformadoras e que colocaram no
centro da pauta nacional a questão da agricultura familiar. Por isso o
Brasil de hoje é um país muito diferente de dez anos atrás”, frisou.
“Nossa luta é para fortalecer o grande setor
econômico e de produção de alimentos do País. Um país que quer ser um
país sem fome, um país desenvolvido, tem que ter espaço para a
agricultura familiar e camponesa”, defendeu a coordenadora nacional da
Fetraf, Elisângela dos Santos. No Brasil, hoje, a agricultura familiar é
responsável pela produção da maior parte dos alimentos e ocupa mais de
74% da mão de obra empregada no campo.
O Congresso
Sob o tema Mãos que
Alimentam a Nação, o congresso reúne cerca de 800 delegados sindicais e
dirigentes de 18 estados para discutir pontos estratégicos para a
melhoria da qualidade de vida dos homens e mulheres do campo. Entre os
temas que serão debatidos estão: identidade e diversidade da agricultura
familiar; relações de gênero no campo; sucessão rural; organização
produtiva; sustentabilidade e agroecologia; políticas para o semiárido;
reforma agrária; entre outros.
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