O Brasil vem ampliando o acesso à alimentação e
impulsionando a agricultura familiar na última década. No aniversário de 10
anos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), os resultados alcançados
mostram que o investimento do governo federal mudou a realidade no campo e nas
cidades. Em uma década, o governo investiu R$ 5,3 bilhões para a compra de 4
milhões de toneladas de produtos da agricultura familiar.
“Essa foi uma contribuição importante à política de
segurança alimentar, garantindo comida às comunidades carentes e oportunidades
a milhares de pequenos agricultores no campo”, avalia a ministra do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Em todo o país, foram
mais de 1,3 milhão de operações de compra de alimentos de 388 mil agricultores
familiares. Por seu papel estratégico no combate à pobreza, o programa é uma
das ações que integram o plano Brasil Sem Miséria.
O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe
Vargas, ressalta que ao fomentar a produção de alimentos da agricultura
familiar, o governo federal combina o desenvolvimento do setor com a promoção
da segurança alimentar. “O PAA é, de fato, um programa que tem essa dupla
estratégia. Desde 2003, a agricultura familiar é considerada eixo prioritário
para o desenvolvimento do País.”
Os alimentos adquiridos pelo programa são
destinados à formação de estoques estratégicos ou ao atendimento de pessoas em
situação de vulnerabilidade econômica e social. O governo vem garantindo o
fornecimento de alimentos a centros de convivência de idosos, comunidades
terapêuticas, associações beneficentes, creches públicas, hospitais e
restaurantes populares. Anualmente, o governo atende mais de 23 mil entidades
socioassistenciais. O PAA já beneficiou 3.915 municípios nesses 10 anos.
“O programa promove segurança alimentar e
nutricional à medida que garante atendimento às populações em situação de
vulnerabilidade”, afirma o secretário nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos. “O governo tem garantido com o PAA o
abastecimento de alimentos de qualidade a quem mais precisa”. A lista de produtos
adquiridos inclui mais de 3 mil itens, estimulando a produção local e
permitindo a diversificação da agricultura familiar. “Isso tem favorecido a
elaboração de cardápios mais saudáveis”, destaca.
PAA Leite - Ele lembra que o programa de aquisição de leite
tem cumprido um importante papel na cadeia do produto, sobretudo no Nordeste.
Em dez anos, o governo comprou 1,9 milhão de litros de leite produzidos por
25.772 mil agricultores familiares.
O secretário comenta que novos convênios do PAA
Leite foram firmados recentemente com sete estados do Nordeste e o Norte de
Minas Gerais, ao custo de R$ 607 milhões, para aquisição de 400 mil litros de
leite por dia, que serão produzidos por 50 mil agricultores. “Para se ter ideia
da dimensão dessa compra, a cada dez litros de leite produzidos no Nordeste,
1,3 é adquirido pelo PAA”, aponta Campos.
PAA no Ano Internacional da Agricultura Familiar
O Programa de Aquisição de Alimentos chega em 2014,
Ano Internacional da Agricultura Familiar, com inovações decorrentes do
aprimoramento da gestão e dos avanços ao longo da última década. Desde o ano
passado, o programa passou a utilizar nova forma de execução, com sistemas
informatizados e acompanhamento em tempo real. “Isso simplificou a
operacionalização e garante mais transparência e controle da execução dos
recursos”, explica o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,
Arnoldo de Campos.
O programa passou a ser operacionalizado por
municípios e estados e atualmente conta com a adesão de 426 municípios em 23
estados. “Por conta disso, o pagamento é feito diretamente na conta do
agricultor familiar, que pode sacar o dinheiro no caixa, com um cartão
magnético específico do PAA”, destaca o secretário.
Ele aponta que, do ponto de vista da gestão, o
programa vem sendo aprimorado, dando mais transparência graças à implantação de
sistemas informatizados e de atividades de monitoramento, avaliação e
fiscalização. “Além disso, existem mecanismos de controle social, com conselhos
e comitês que garantem a participação na fiscalização dos próprios
beneficiários, de entidades representativas e dos poderes públicos”, pondera.
As compras públicas têm cumprido importante papel
na inclusão social dos mais pobres, no desenvolvimento local e na valorização
da produção de alimentos saudáveis e sustentáveis. “Por meio do PAA e do
Programa Nacional de Alimentação escolar (Pnae), milhares de agricultores
familiares têm sido beneficiados, contribuindo para o desenvolvimento de suas
regiões”, afirma.
O PAA também se caracteriza por incentivar a
participação das mulheres agricultoras como fornecedoras do programa, em grupos
ou individualmente. Da mesma forma, jovens têm sido incentivados a permanecer
no meio rural em função das oportunidades geradas pelo Programa.
A partir de 2011 o Programa de Aquisição de
Alimentos intensificou em sua execução estratégias de combate à pobreza e
inclusão social. “Atualmente 50% dos agricultores familiares que participam do
programa estão inscritos no Cadastro Único das Políticas Sociais do governo
federal”, informa Campos. O programa tem estimulado a participação das
mulheres. Atualmente, 37% dos fornecedores do PAA são mulheres.
Também faz parte da estratégia do programa promover
compras de alimentos agroecológicos, orgânicos e da sociobiodiversidade. O
objetivo é aumentar a participação desses produtos nas compras governamentais.
“Em relação aos orgânicos, por exemplo, a meta é chegar a, pelo menos, 5% do
total adquirido”, informa.
Outra novidade é a modalidade compra institucional.
“Estados e municípios podem comprar de forma direta e simplificada alimentos da
agricultura familiar para entidades que fornecem alimentação, como hospitais e
universidades”, diz o secretário.
O PAA é executado com recursos dos ministérios do
Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Agrário (MDA), e tem a Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab) como seu principal operador.
Programa é referência internacional
A experiência brasileira do Programa de Aquisição
de Alimentos vem sendo adaptada em outros continentes. Na África, o PAA está
presente em cinco países: Etiópia, Níger, Moçambique, Malauí e Senegal. Desde
2012, o PAA África alimentou 125 mil estudantes com a produção de mais de 5 mil
agricultores familiares. Na América Latina e Caribe, o programa está sendo
adaptado em 10 países: Antígua e Barbuda, Bolívia, Colômbia, Equador, El
Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Paraguai e Peru. “O Brasil tem
servido de referência para os países da América Latina como gerador e
articulador de esforços públicos na implementação das diversas políticas
públicas exitosas sobre a redução da pobreza”, diz Adoniram Sanches, Oficial de
Politicas da FAO para América Latina e Caribe.
Esses projetos contam o apoio dos ministérios do
Desenvolvimento Social e das Relações Exteriores, além da Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), do Centro de Excelência
contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e do Departamento do Reino
Unido para o Desenvolvimento Internacional.
O seminário será transmitido ao vivo pela TV NBR e
pelo site http://www.paa10anos.com.br.
Também haverá cobertura em tempo real pelas redes sociais do MDS, com as
seguintes hashtags: #AgriculturaFamiliar2014 e
#PAA10Anos. Os perfis do MDS nas redes são: no Twitter, @MDSComunicacao e @BrasilSeMiseria. No
Facebook, MDSComunicacao e
PlanoBrasilSemMiseria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário