Cerca de 450 cooperativas de todo o Brasil recebem
Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) por meio do Programa Ater Mais
Gestão, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O trabalho foca em
questões contábeis, fiscais, organizacionais e comerciais, além da relação com
os associados e a agroindustrialização.
O programa foi ampliado no início de 2013 e trabalha
a Ater gerencial voltada para empreendimentos. Conforme o coordenador de
Cooperativismo e Organização Econômica da Secretaria de Agricultura Familiar do
MDA, Manuel Bonduki, “o objetivo é aprimorar o acesso ao mercado e o
fortalecimento da gestão desses empreendimentos, para gerar renda a seus
associados”.
Um dos empreendimentos que iniciou no programa em
2013 é a Cooperativa de Produção de Leite da Agricultura Familiar com Interação
Solidária de Missal, Paraná (Cooplaf Missal). João Paulo Quevedo é o
presidente. Eles trabalham com a produção de leite in natura, que em 2012
comercializou R$ 1,9 milhão. Para ele, esse trabalho é mais um passo para a
realização de um sonho, o de montar uma indústria própria da cooperativa. “A
gente aprende a melhor administrar, estamos montando projetos para conseguir
nossa indústria e, também, a formação de muitos associados”, conta.
Com a indústria, João Paulo pretende contabilizar
melhores resultados financeiros e poder pagar melhor os produtores.
“Anteriormente a gente desconhecia muita coisa e agora estamos melhorando
bastante a nossa administração. Estamos fazendo algumas ações prioritárias para
melhorar a cooperativa como educação, capacitação, controle de qualidade.
Estamos procurando, ainda, melhoramento de logística”, diz.
O trabalho do Ater Mais Gestão é feito mensalmente
com toda a diretoria da cooperativa e a empresa licitada para prestar o serviço
de Ater. “Colocamos em pauta todos os trabalhos que a cooperativa tenta
desenvolver. A empresa sugere ideias para que seja melhorada a própria
administração e para desenvolvimento da cooperativa”, explica.
Leite
No início, em 2007, 26 produtores se uniram para
produzir e comercializar uma quantia maior de leite por um preço melhor. “Isso
foi o que alavancou a produção de alguns agricultores que vinham sofrendo com a
defasagem do preço que estava em torno de 40% dos valores praticados pelo
mercado de leite”, conta João Paulo.
Hoje, a cooperativa tem 103 associados, 78 com DAP.
Segundo João Paulo, a meta é implantar uma indústria de derivados de leite e
entrar no mercado institucional para afinar ainda mais a participação na rede
de cooperativas da Cooplaf.
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