Os 30 anos de trajetória do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) são celebrados em Brasília, durante o 6º
Congresso Nacional da categoria. Nesta terça-feira (10), além da abertura
oficial do evento, houve o lançamento da Mostra Nacional de Cultura e Produção
Camponesa, que reuniu representantes de 23 estados e do Distrito Federal
comercializando alimentos produzidos em assentamentos da reforma agrária.
Durante o ato que marcou a apresentação da feira, o
ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil,
Gilberto Carvalho, afirmou que a presença do Governo Federal no evento mostra
que a relação de diálogo com o movimento social é satisfatória e valorizou a
produção familiar. “Esta mostra é a prova mais concreta de como vale a pena o
governo investir no processo de reforma agrária e na agricultura familiar. Todo
o dinheiro que você coloca nesses segmentos voltam em benfeitorias para o
País”, garantiu.
O ministro-interino do Desenvolvimento Agrário,
Laudemir Müller, lembrou a importância do MST na luta pela terra, reconheceu os
30 anos de luta do movimento e lembrou do papel fundamental da agricultura
familiar na produção de alimentos. “É muito importante que cada vez mais a
sociedade conheça o que é produzido nos assentamentos da reforma agrária. Temos
muitos assentamentos que produzem alimentos saudáveis. Vivemos um momento em
que produzir alimentos é essencial, já que houve queda no desemprego e aumento
da renda da população, e a agricultura familiar que tem essa vocação” afirmou o
ministro.
Segundo o presidente do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes, o congresso é uma
afirmação da valorização dada à reforma agrária por parte do governo. “Toda
essa produção vem dos assentamentos que o Incra criou. Então essa já é a melhor
referência do sucesso que é a reforma agrária. Estamos ampliando a assistência
técnica e melhorando as condições de infraestrutura nos equipamentos”,
salientou o presidente do Incra, que citou a entrega de máquinas feitas para
pequenos municípios por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
MST
Cerca de 15 mil pessoas participam do congresso na
capital federal. Um dos líderes do movimento, Jaime Amorim disse que os
assentados possuem potencial para fazer ainda mais pelo País, mas pediu mais
investimento. “Se quisermos uma alimentação saudável, temos que investir mais
na produção das famílias assentadas. Queremos continuar como camponeses. Somos
do campo e lá continuaremos produzindo a maior parte dos alimentos consumidos
pelos brasileiros”, assegurou. Além dos delegados do MST, mais de 200 pessoas
de outros países foram convidadas e estão presentes no evento comemorativo.
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