Às Delegacias Federais de Desenvolvimento Agrário compete monitorar, supervisionar e gerenciar as atividades relacionadas às atribuições legais do Ministério, nos Estados e no Distrito Federal, sob orientação da Secretaria-Executiva. (DECRETO Nº 7.255, DE 4 DE AGOSTO DE 2010).

terça-feira, 26 de março de 2013

Pesquisa mostra aumento na renda de agricultor e aponta melhorias no campo



Há pouco mais de dez anos, a vida da assentada da reforma agrária Benedita Crispim da Paz, 45 anos, não era nada fácil. Ao chegar ao assentamento Santa Tereza, no município de Dueré (TO), Bené, como é conhecida pelos companheiros, morava em uma casa de palha e não tinha nem uma bicicleta para a locomoção. Hoje, a presidenta da Cooperativa Santa Tereza (Coopsanter) comemora a melhora na renda e na vida, por meio de programas do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Essa melhoria na renda do agricultor familiar foi constatada por meio de uma pesquisa encomendada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostrou que a renda do trabalhador do campo subiu 52%, entre 2002 e 2011. Esse crescimento, segundo Bené, se deu pelo esforço dela, da comunidade e dos programas do MDA.
“O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) fez a diferença, porque acompanhou a tendência do País, que melhorou nos últimos anos. E o assentamento acompanhou esse crescimento, não ficamos parados, corremos atrás”, enaltece a assentada, que participa, também, do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Atualmente, Benedita cita os ganhos do seu assentamento, que planta cana-de-açúcar para a produção de rapaduras, melados e derivados, além de doce de leite, nas entressafras. O assentamento possui dois carros, uma caminhonete, um trator e todos os associados (14 famílias) têm moto. “Isso se deve ao campo, que nos deu a oportunidade de trabalhar e gerar renda, e ao governo, que nos ajuda, por meio dos programas. Hoje em dia, só não desenvolve quem não quer”, avalia.
Bené conta, ainda, que conseguiu fazer graduação – a assentada é jornalista, desde 2010. “Quis me capacitar mais. Achavam que eu ia embora depois de formada, mas estou exercendo a profissão aqui”, diverte-se, revelando que vão voltar a trabalhar no site da cooperativa, para o qual ela escreverá.
Transformação
Em Cárceres, município a 214 km da capital de Mato Grosso, vive o agricultor familiar Paulo Ribeiro de Melo, 52 anos. Em 2010, Paulo aproveitou o CNPJ de uma antiga cooperativa seletora de lixo, que estava com a situação irregular, para montar a Cooperativa Agropecuária de Produtores da Agricultura Familiar (Coopfami), produtora de frutas, verduras e legumes.
A Coopfami, que tem 35 famílias associadas, participa do Pnae, beneficiando mais de 11,5 mil alunos da redondeza com abacaxi, abóbora madura, caipira, abobrinha verde, alface, almeirão, rúcula, banana da terra e nanica, cebolinha, couve, limão, mamão, mandioca, melancia, milho verde com espiga, pepino e quiabo. “O Pnae ajudou a gente porque é uma entrega garantida. Não temos mais aquela preocupação de plantar e não saber se o mercado local vai querer o produto ou não”, comemora.
Paulo confessa que chegou a trabalhar na zona urbana do estado, mas, hoje, não pensa mais em voltar para a cidade grande. “O bom do campo é que a gente trabalha com os nossos produtos, somos os nossos patrões”, resume.


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