O serviço
de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que visa assegurar
produção de qualidade dos alimentos, ofertando melhores condições de
vida para a população rural e urbana, tem recebido maior atenção do
Governo Federal. Em 2003 o investimento do Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA) em Ater foi de R$ 46 milhões. Apenas este ano, o MDA já
destinou R$ 542 milhões, um crescimento superior a 1.000%. Nesta quinta
(6), a presidenta Dilma Rousseff e o ministro Pepe Vargas apresentam
novas medidas para a politica de Ater, durante o lançamento do Plano
Safra da Agricultura Familiar 2013/2014, em Brasília.
O secretário nacional da Agricultura Familiar do
Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Valter Bianchini,
afirma que os incentivos à Assistência Técnica e Extensão Rural no Plano
Safra da Agricultura Familiar estão presentes desde seu lançamento. Mas
foi a partir da implantação da Lei 12.188/2010, que institui a Política
Nacional de Ater para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária
(Pnater), cuja formulação e supervisão são de competência do MDA, que o
serviço ganhou atenção especial. “A Pnater é uma variável importante
porque não tínhamos mecanismos nem recursos. Então o programa evoluiu em
relação ao fortalecimento dessa política”, observa.
A partir daí, agricultores familiares de todo o
Brasil recebem de técnicos especializados serviço de educação não formal
e de caráter continuado. Eles promovem no meio rural, processos de
gestão, produção, entre outros. “O serviço qualifica o crédito rural.
Ajuda a levar informação de outras políticas sociais para o meio rural,
além de levar tecnologias de produção sustentáveis para esse conjunto de
agricultores familiares. Auxilia no aumento da produção, da renda e da
comercialização”, ressalta o diretor do Departamento de Assistência
Técnica e Extensão Rural do MDA, Argileu Martins.
Informação qualificada
Maior renda e melhor qualidade de vida é o que busca o
agricultor Ildo Bispo da Costa, 52 anos. Na zona rural do município de
Pai Pedro (MG), onde vive com a esposa, Júlia de Araújo Costa e sua
filha Rosely Araújo, seu Ildo encontrou sua solução nos serviços de
Ater. O agricultor atesta que com a assistência aprendeu a aperfeiçoar
os sistemas de produção, além de mecanismos de acesso a recursos e a
renda, de forma sustentável.
Com um projeto montado para criação de frangos
semi-caipira, a família do agricultor Ildo comprou 100 frangos que
tinham apenas 17 dias de vida. Ao receber assistência, aprenderam como
construir seu galinheiro e seguiram o modelo sugerido pelo técnico de
Ater. “Eu reaproveitei alguns materiais que já tinha em casa. Ao invés
de usar tijolo, fabriquei o adobe, que além de mais barato, colabora com
a preservação do meio ambiente”, explica.
Seu Ildo conta que foi graças à assistência técnica
que aprendeu a cuidar melhor de seus animais. Forneceu ração adequada
para o crescimento, aprendeu o momento certo de soltar os frangos na
área de pastagem e a idade ideal para o abate. “Para nós foi
fundamental. A gente criava, mas era de qualquer jeito. Agora os
técnicos vem em casa nos auxiliar, fazem palestras. Graças a isso
consegui melhorar minha produção, vender todos os frangos e aumentar a
renda”, comemora.
Ater
Ater
Política pública que leva Assistência Técnica e
Extensão Rural às propriedades rurais. Melhora os processos no trabalho
(processos produtivos, de comercialização e organização econômica de
agricultores e cooperativas) e, consequentemente, a qualidade de vida
dos agricultores. As parcerias do MDA com instituições públicas
estaduais e privadas, principalmente aquelas sem fins lucrativos,
garantem apoio ao produtor desde o início da safra até a colocação do
produto no mercado.
As atividades de Ater são
vinculadas à Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural
(Pnater) e buscam aplicar conhecimento e tecnologia com a finalidade de
aumentar a produtividade e a renda, o acesso às políticas públicas da
população rural brasileira, respeitando as diversidades sociais,
econômicas, étnicas, culturais e ambientais do País.
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