Por meio do Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE) repassa recursos financeiros aos estados, ao Distrito
Federal e aos municípios para a compra de merenda dos alunos da rede
pública de ensino. Do total destinado no ano safra 2016/2017 pelo PNAE,
R$1,1 bilhão é para a aquisição de alimentos da agricultura familiar.
No
Brasil, o montante adquirido da agricultura familiar foi de 21,38%, no
ano de 2014, conforme os últimos dados do FNDE. Apesar de ser menos que
os 30% previstos na Lei 11.947/2009, o percentual vem crescendo ano a
ano. Para se ter uma ideia, no primeiro ano da legislação, 2010, apenas
5,5% dos recursos foram usados para compra de produtos da agricultura
familiar.
Ainda segundo os números do
Fundo, os estados do Rio Grande do Sul, Roraima, Espírito Santo, Paraná e
Acre ultrapassaram o percentual estabelecido.
A
aquisição dos produtos da agricultura familiar envolve um processo
contínuo de sensibilização dos gestores da educação e dos profissionais
da área de compras das prefeituras, de acordo com o analista técnico de
políticas sociais da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do
Desenvolvimento Agrário (Sead), Igor Teixeira.
“Outro
desafio, é a qualificação das ofertas por parte dos agricultores
familiares. Nesse sentindo, a Sead tem focado suas ações na assistência
técnica rural para esses produtores, além de projetos em parceria com a
FNDE”, explica.
Roraima investiu 38,67%
Dos
recursos repassados do FNDE para merenda escolar, Roraima gastou 38,67%
com a compra de gêneros alimentícios da agricultura familiar em 2014. É
o segundo estado que mais investiu na compra desses agricultores
familiares.
A Cooperativa dos
Hortifrutigranjeiros (Coophorta), com sede na capital de Roraima, Boa
Vista, participa das chamadas públicas do PNAE desde 2010. No ano
passado, eles venderam R$ 8 milhões em hortaliças e frutas para o
governo estadual e municipal.
Para o
gerente administrativo da Coophorta, Alexsander Dalico, o PNAE é uma
fonte confiável de renda e paga um preço justo. “Essa renda movimenta a
economia dos municípios. É pulverizada entre os produtores que gastam o
dinheiro no comércio local”, conta.
Dalico
destaca outros benefícios do programa, como a melhor qualidade dos
alimentos servidos na merenda escolar. “Os alunos deixam de comer
alimentos processados. Os filhos dos cooperados comem na escola o que os
pais produzem no campo”, fala.
A
Coophorta tem 305 agricultores familiares associados. Por mês, eles
entregam em média 100 toneladas de alimentos para 172 escolas, sendo 65
na capital e 107 rurais.
Estados que compram mais dos 30% de alimentos da agricultura familiar
Rio Grande do Sul 40,18%
Roraima 38,67%
Espírito Santo 36,38%
Paraná 36,35%
Acre 35,42%
Fonte: FNDE – Dados referentes a 2014
Roraima 38,67%
Espírito Santo 36,38%
Paraná 36,35%
Acre 35,42%
Fonte: FNDE – Dados referentes a 2014
DAP
Para
vender por meio do PNAE, como agricultor familiar, é necessário que o
produtor tenha a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), instrumento que o
identifica. O registro também é exigido para as organizações em forma
de pessoa jurídica (DAP Jurídica), tais como cooperativas, associações e
agroindústrias familiares.
Flávia Dias
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SEAD)
Assessoria de Comunicação
Contatos: (61) 2020-0123 e imprensa@mda.gov.br
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SEAD)
Assessoria de Comunicação
Contatos: (61) 2020-0123 e imprensa@mda.gov.br
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